Bancários em Divinópolis aderem à greve

Na última quinta-feira (24), algumas agências de Divinópolis aderiram à greve dos bancários que já está sendo adotada em todo a Brasil. Ontem (25), mais 11 bancos se juntaram a manifestação, na próxima segunda-feira todas as empresas bancárias da cidade funcionaram apenas nos caixas eletrônicos.

Segundo o presidente do Sindicato dos bancários de Divinópolis, Marcelo Neves, o motivo principal da campanha é reivindicar os direitos da classe, ele conta que desde agosto entregaram a quota de reivindicações aos banqueiros e que até o momento eles fizeram apenas uma proposta que por sinal foi muito baixa. “Nossa categoria é privilegiada por termos uma convenção coletiva, que é nacional. O que uma pessoa ganha aqui, outra ganha o mesmo valor em qualquer outro lugar do país”, explicou afirmando que a greve é a espera desta tramitação de acordos.

Na cidade, o primeiro banco que aderiu a paralisação foi a Caixa Econômica Federal contou Marcelo, relatando que a paralisação é por tempo indeterminado e como Divinópolis tem 18 agências, impossibilitando uma medida contingente. Já ontem mais 11 agências se juntaram ao ato. De acordo com o presidente enquanto os banqueiros não se manifestarem chamando para a negociação e apresentar uma proposta que seja digna, eles não vão parar.

População

Ele ressaltou que toda a ação está sendo pensada na população, acrescentando que atualmente os clientes possuem vários canais alternativos, como os Correios, as casas lotéricas, os bancos 24h e a internet que hoje possibilita que uma pessoa saque, faça transferência e pague contas. “Pedimos a compreensão da população porque o direito de greve é constitucional e todos têm o direito de ir e vir, nós não vamos em momento algum impedir que o pessoal tenha acesso”, assegura. Marcelo confirmou que a paralisação não vai deixar de sobrecarregar as outras opções que os cidadãos possuem.

“Fazemos uma reunião todo o dia para decidir como ficarão a situação da greve e provavelmente segunda-feira todas as agências da cidade não abrirão. Serão aproximadamente de 15 mil a 20 mil pessoas optando por outros meios de atividades”, frisa.

Motivo

Ele explicou que a reivindicação é devido a um acordo da data base a qual foi pedido 10% e ofereceram apenas 4,5%. “Este ano ele ofereceram uma proposta rebaixada, e para se ter idéia só com ela a economia que eles irão fazer nos salários, vão economizar 1 bilhão e 200 milhões de reais. Conseguimos benefícios também, porém eles dão mas tiram outros. E já deixamos claro que em direitos não se mexe”, declara, concluído que as manifestação não está embasa apenas nos salários, mas também de seus direitos. Ele completou que as atividades já começam em maio ou junho promovendo uma conferência estadual com todos os sindicatos, discutindo as melhores propostas para a classe. “Depois é realizado um com todos os estados formando a convenção para ser entregue aos banqueiros a espera da negociação”, finaliza.

Natalia Santos